Anexo: Comparação entre
estudantes de Macau e do exterior
Conforme os dados obtidos mediante a respectiva comparação,
conclui-se o seguinte:
1.
A maioria dos estudantes estrangeiros vêm da China(80%).
Geralmente, têm boas condições familiares : os pais
possuem curso superior, entre os quais, 42,2% têm grau académico
de bacharelado ou superior, 32,8% das mães possuem grau académico
de bacharelado; nos sectores de gestão e profissional, os pais
ocupam 55,2% e as mães 33,0% respectivamente.
2.
Em geral, existe uma boa relação entre os
estudantes estrangeiros e os seus pais. A percentagem dos estudantes
que responderam que se relacionam muito bem com os seus pais é
de 47,6% e com as mães é de 57,0%. E que responderam que
se relacionam bem com os seus pais é de 28,7% e com as mães
é de 28,8%. No que diz respeito à relação
entre os mesmos estudantes e os seus irmãos, pode-se dizer que
é boa, entre os quais, 43,7% disseram que se relacionam muito
bem com os seus irmãos e 30,5% relacionam-se bem com os seus
irmãos. Quanto à vida familiar, 32.6% deles revelaram-se
muito satisfeitos e 37,1% satisfeitos.
3.
Dos alunos não residentes inquiridos, que de um modo
geral mantêm uma boa relação com os seus colegas
e amigos, 36,0% têm uma relação muita boa com a
companhia, 46,5% uma relação bastante boa, sendo 53,1% bem recebidos pelos amigos e 3,5%
mal recebidos. Por outro lado, 52,4% consideram ter uma vida escolar
alegre, 6,5% pensam o contrário.
4.
Quando ficam doentes, os alunos não residentes e
os alunos residentes tomam medicamentos semelhantes. No entanto, muitos
alunos não residentes, no caso de constipação ou
gripe, costumam tomar os remédios receitados na última
consulta médica ou os deixados por outrém, com alguma
frequência na ordem de 3,9% mais do que os alunos residentes.
5.
Quanto ao consumo de bebidas alcoólicas, 18,2% dos
alunos não residentes não consomem, comparativamente 14,1%
dos alunos residentes não consomem. Concluindo, o grupo dos alunos
não residentes tem menos consumidores de bebidas alcoólicas.
6.
A respeito do consumo de tabaco, a situação
dos alunos não residentes e a dos alunos residentes são
semelhantes. Só que os familiares fumadores dos primeiros são
mais do que os familiares fumadores dos segundos, facto óbvio
representado pela comparação de 50,6% e 42,2%. Entretanto,
quanto ao consumo devido à influência dos familiares, curiosamente
pelo contrário, os alunos residentes ocupam uma percentagem maior
do que os alunos não residentes, com uma diferença de
2,3%. De facto, são semelhantes as razões para o consumo,
quer por parte dos alunos não residentes, quer por parte dos
alunos residentes.
7.
Quanto à afirmação "Fumar ocasionalmente
não vai criar dependência", o número de alunos vindos do exterior que dão
uma resposta favorável é 8,1% inferior ao de alunos locais.
8.
Os alunos do exterior e os alunos locais são da mesma opinião
perante a questão de consumo de drogas.
A maioria encara a questão de uma maneira positiva, achando
que "O consumo de drogas em comprimidos e de haxixe é
uma das modalidades da toxicode- pendência", "O
consumo ocasional de drogas pode criar dependência",
"O consumo de drogas causa prejuízos à saúde",
etc. Perante a questão
sobre a relação entre o consumo de drogas e o futuro,
os alunos do exterior assumem uma atitude mais firme do que os alunos
locais, sendo 79% destes e 83,4% daqueles que respondem que "concordam"
ou "concordam completamente" em que o consumo
de drogas vai arruinar o futuro.
9.
A proporção dos alunos do exterior e dos alunos
locais que nunca consumiram drogas é semelhante.
Todavia, quanto à pergunta "Se tem ou não
amigos que consomem drogas em comprimidos ou haxixe?", nota-se
a diferença entre os dois grupos. Há 16% dos alunos do exterior e
26,3% dos alunos locais que dão uma resposta afirmativa, representando
o número destes quase um dobro do número daqueles.
Relativamente à atitude assumida perante os consumidores
de drogas, existe uma diferença de 12,9% entre os dois grupos:
os alunos do exterior e os alunos locais que não estão
dispostos a ter qualquer contacto com as pessoas que consomem frequentemente
drogas em comprimidos ou haxixe ocupam cerca de 51,7% e 38,8% respectivamente.
10.
Os estudantes locais acham que é relativamente fácil
obter as drogas, pois a percentagem de estudantes locais que escolheram
"muito fácil" e "fácil"
excedeu 7% em relação aos estudantes do exterior.
11.
De entre a minoria de estudantes que consomem a droga, a
maior parte deles consomem a droga dentro das discotecas. Muitos estudantes
vindos do exterior (10,8%) consomem a droga na sua própria casa,
ao passo que os estudantes locais (10,3%), preferem consumir nas casas
dos amigos. Pela percentagem apresentada, verifica-se que os estudantes
vindos do exterior que consomem a droga dentro da casa ocupam uma maior
percentagem. Em conclusão, as condições familiares
dos estudantes vindos do exterior são melhores do que os estudantes
locais. Relativamente à atitude perante a droga e a situação
do consumo de droga, bem como as razões do consumo, são
basicamente as mesmas para os estudantes locais e para os estudantes
vindos do exterior. Em certos aspectos, os estudantes vindos do exterior
têm uma posição relativamente mais positiva que
os estudantes locais. Da análise global dos números, a
diferença em termos percentuais entre os alunos do exterior e
os alunos locais é de 1 a 3%. |